O objectivo deste site é dar a conhecer os vários trabalhos de Genealogia que tenho elaborado ao longo dos anos, uma vez que toda a minha vida me interessei pela história da minha família e fui reunindo informações e apontamentos que tenho vindo a ordenar.
Os textos que aqui divulgo variam em tamanho, em profundidade e em interesse: há trabalhos de maior fôlego, como os das famílias Bandeira, Paiva e Pona e van Praet; outros menos completos sobre famílias colaterais a estas; e muitos pequenos fragmentos e apontamentos sobre ramos vários.
Todos são o resultado de elementos que fui reunindo, não só por buscas próprias, mas também através de cartas, diários, memórias e papelada que vários membros da família me foram mostrando e confiando ao longo dos anos.
Devo salientar o primeiro de todos os textos que me fez levar a sério estas coisas: uma pequena história dos Bandeira escrita nos anos 1930 por nosso primo Mário Vieira de Sá, cujo vastíssimo Diário, de que seu filho Fernando me facultou algumas folhas, constitui um valiosíssimo repositório de histórias e dados familiares.
De salientar também a gentileza do eminente Genealogista Dr. Eugénio Andrêa da Cunha e Freitas, meu parente por afinidade, que contactei nos anos 1990 para obter informações sobre o nosso ramo comum (Bandeiras) e que me forneceu umas centenas de pequenos papéis e folhas soltas com notas manuscritas avulsas, que se percebia serem resultado de buscas em arquivos, e que, por estarem de facto relacionados com a família Bandeira, sobre a qual eu possuía já bastantes informações, pude facilmente identificar e ordenar.
De não menos importância o trabalho feito pelo Sr. António Caruna, de Colares, que transcreveu e me facultou para fotocopiar milhares de folhas do vasto arquivo da Família Bandeira existente na Biblioteca Municipal de Sintra.
E, finalmente, a obra de meu tio Rui Beirão de Paiva e Pona, A Saga de uma Família, que relata por escrito inúmeras histórias orais da família mais recente, algumas das quais me permiti também utilizar nestes meus textos.
Creio que é dever de todo o Genealogista dar a conhecer aquilo que sabe. A Genealogia é uma arte que depende da colaboração e entreajuda de todos, pois quantos dados e informações, mesmo insignificantes e que podem parecer inúteis para uns, são muitas vezes a chave de enigmas ou confusões que outros há muito se esforçam por resolver.
Chamo a atenção para o facto de que os trabalhos que aqui publico não são trabalhos genealógicos elaborados, mas apenas apontamentos ordenados; nem sempre incluo as referências a obras e documentos consultados; alguns ramos estão mais desenvolvidos que outros, o que não significa de modo algum que sejam os mais numerosos ou ilustres; e falhas e omissões existem, evidentemente, como em qualquer trabalho deste tipo.
Aguardo com o maior interesse todo o tipo de críticas, sugestões, correcções e melhoramentos.
E peço a quem me esteja a ler neste momento que, se porventura tiverem também informações inéditas, mesmo incompletas ou deficientes, sobre a história das suas famílias, as dêem igualmente a conhecer.
Muitos de nós e dos nossos antepassados, ao longo dos tempos, se interessaram pelas suas famílias e pelas suas terras e procederam a buscas e pesquisas, com paciência e seriedade; alguns terão sistematizado essas buscas em pequenas resenhas e compilações; mas quantos as divulgaram?
Quantas histórias da nossa família, quantas árvores, quantos apontamentos genealógicos, quantas habilitações de herdeiros, quantos testamentos, quantas cartas não estão guardados em gavetas, baús e armários das nossas casas e das nossas quintas, muitas vezes há centenas de anos, sem nunca terem servido para nada?
A minha vida profissional levou‑me para Bruxelas durante alguns anos, o que me deu a oportunidade de aprofundar um ramo belga da minha família e de me familiarizar com os meios genealógicos daquele país.
Pois quantos fragmentos genealógicos não fui encontrar, publicados nos últimos 50 ou 60 anos nas 4 ou 5 revistas de Genealogia existentes, por pessoas da mais variada formação e dos mais variados meios, por vezes não mais que uma ou duas páginas.
Para não falar numa cópia que encontrei, feita há cerca de 100 anos por um membro da família van Praet, de uma escritura de partilha de bens de 25.3.1587, documento esse que, por si só, dá os nomes e as relações de parentesco de mais de 70 pessoas.
Acontecem estas coisas no nosso país?
Cascais, Abril de 2011
Diogo de Paiva e Pona
dppona@yahoo.com